A culpada Helena
Se por paixão ou persuasão, foi dita uma única decisão
CULPADA!
Em
favor da palavra, eu trago de volta a imagem por vezes furtada!
Através
da beleza e compaixão eu trago neste ambiente uma nova decisão que ainda assim
muitos dirão:
CULPADA!
Eu
não ignoro todos esses fatos, que propuseram em relato,
Vejo
um ser de beleza que com seu infortúnio trouxe de realeza em realeza profundas
tristezas, Teve seu nome selado na
lápide do pecado e todos eles mais uma vez gritaram:
CULPADA, CULPADA E CULPADA!
Para
entender esse mito, eu me propus mesmo por subscrito, como o próprio ZEUS no
infinito, brincamos ao amanhecer das pedras... Como se falássemos a língua das
sereias quando encantam marinheiros a sós, nós rimos e cantamos, talvez até
inventando uma nova estrada para aqueles que incessantemente gritavam:
CULPADA!
Nas
palavras ditas no Olímpo eu sou rei, na terra eu sempre migrei, mas nessa ÁGORA
eu escrevo por linhas tortas e apresento a minha retórica e engano todos vocês!
Valderiza Pereira

